terça-feira, 9 de novembro de 2010
Lançamento do Livro: IMIGRAÇÃO e REVOLUÇÃO Lituanos, Poloneses e Russos sob Vigilância dos Deops
A EDUSP - Editora da Universidade de São Paulo
LEER- Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação e o PROIN- Projeto Integrado Arquivo do Estado/USP
convidam para o lançamento do livro:
IMIGRAÇÃO E REVOLUÇÃO
Lituanos, Poloneses e Russos sob Vigilância do Deops
Coleção História das Migrações
de
Erick R. Godliauskas Zen
Data: 2 de dezembro de 2010 a partir das 19 horas
Local: Livraria Cultura
Endereço: Av. Paulista, 2073. Conjunto Nacional. São Paulo - SP
SOBRE O LIVRO: Este livro é o segundo título da Coleção História das Migrações, organizada por Maria Luiza Tucci Carneiro e Federico Croci, uma das séries de publicações do LEER- Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação e o
do Depto de História da FFLCH-USP. A obra coloca em cena um grupo especial de imigrantes:lituanos, poloneses e russos. Distintos por suas atividades políticas e culturais, eles estiveram sob a vigilância da Polícia Política, o Deops do Estado de São Paulo, entre 1924 e 1950. Fichados como “subversivos da ordem” distinguiam-se por suas ideologias cujas diferenças instigavam conflitos no interior das suas comunidades. Tratados como imigrantes indesejáveis, foram perseguidos, presos e até mesmo expulsos do Brasil, por não corresponderem ao ideário do Estado brasileiro, autoritário e nacionalista na sua essência. Através dos documentos produzidos pelo Deops, o autor reconstitui a lógica policial movida pela desconfiança e os atos da repressão institucionalizada. A grande quantidade de impressos em idiomas lituano, polonês e russo anexados aos prontuários policiais permitiram a reconstituição de uma rede de relações cuja trama comprova os contatos entre várias comunidades radicadas no Brasil e no exterior.
Através da infiltração de agentes do Deops e da cooptação de colaboracionistas junto aos imigrantes, as autoridades da repressão eram movidas pela idéia de que os lituanos, poloneses e russos eram “revolucionários por tradição”. Ao analisar o discurso dos agentes da ordem, o autor recupera as marcas da intolerância étnica, religiosa e política sustentadas por um Estado que defendia a homogeneização de ideias e atitudes em nome da segurança nacional. A proibição de falar o idioma de origem em público, o fechamento de escolas e de associações culturais, o confisco de documentos pessoais, a prisão e o ato de expulsão de estrangeiros serviam como medidas profiláticas para inibir as proposta ditas “revolucionárias” e garantir o controle social. No conjunto, o cruzamento das fontes policiais com os documentos confiscados dos cidadãos sob suspeita permite o resgate da história e da memória dos imigrantes no Brasil sob o viés da repressão e da resistência política.
SOBRE O AUTOR: Erick R. Godliauskas Zen é historiador, mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) pesquisador do LEER e do Proin.
Nosso site: http://www.usp.br/proin/publicacoes/detalhes_publicacoes.php?idLivro=38&idCategoriaLivro=5
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